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    MODALIDADES REPRESENTACIONAIS

    Por Walter Guimarães

    Já pensou o que é realmente pensar? um modo simples de entender e como a criação ou recordação de imagens, sons ou sensações internamente e o modo como organizamos ou combinamos estas variáveis.
    Todos nós percebemos o mundo através de nossos cinco sentidos, visão, audição, tato, paladar e olfato. Os estímulos externos vão para o nosso sistema neurológico e no cérebro encontram um significado de acordo com nossos filtros perceptuais pessoais (Generalização, Distorção e Eliminação). Na realidade não existe realidade, o significado que damos a um evento é que vai determinar nossa realidade. Uma metáfora muito utilizada em PNL para explicar este conceito é a de que o mapa não é o território que ele indica, um mapa pode muito bem indicar onde se localiza certa rua, mas compreendemos que esse mapa não é a rua e sim uma representação gráfica desta ou uma partitura musical, que representa visualmente uma música. Da mesma forma criamos mapas mentais para compreender a realidade e conviver naturalmente na sociedade. Um psicótico não tem esse mapa da realidade formado de acordo com o padrão social exigido para conviver socialmente. Da mesma forma, uma pessoa que segue rigidamente alguns padrões normativos ou vive de acordo com as regras e valores de outras pessoas, podem tornar-se "neuróticos".

    Como não sabemos realmente o que acontece na realidade, agimos baseados em nossos mapas mentais, e isto pode causar confusão. Podemos alucinar que uma pessoa está em algum estado, como por exemplo, deprimida, apenas olhando para ela; que a pessoa amada está nos traindo, simplesmente porque temos imagens vívidas de cenas de traição, que foram criadas por nós mesmos.

    Em seus estudos Bandler e Grinder notaram um fato interessante. Por enquanto, observe o conteúdo das frases a seguir: Ontem na universidade um amigo me falou que eu terei um futuro brilhante, o outro disse que teve um branco na prova; outro aluno no corredor falou que esses conceitos da PNL lhe soam muito bem, um colega dele disse que este diálogo lhe parece harmonioso; ao chegar no trabalho uma colega me falou que gostou do primeiro contato que teve com esta nova abordagem de desenvolvimento humano e como estas informações eram quentes e os conceitos pareciam ser sólidos.

    Notou alguma coisa merecedora de atenção nesse breve comentário? Se não notou leia novamente e perceba as palavras utilizadas para descrever as experiências pelas diversas pessoas envolvidas na estória. Os primeiros utilizaram predicados visuais; os segundos, auditivos e os terceiros, predicados cinestésicos.

    Percebemos e representamos internamente a realidade através das três modalidades representacionais: Visual, auditiva e cinestésica, que envolve o tato, gustação e o paladar.

    Cada um de nós tem uma modalidade preferida para perceber e organizar esta percepção internamente. Pergunte a versão para um evento qualquer para várias pessoas e observe que predicados elas utilizaram para descrever o mesmo acontecimento. Cada uma delas falará do incidente de uma forma ligeiramnte diferente, omitirá informações ligadas ao sistema que não for usado preferencialmete

    Imagine uma situação de prova. Um aluno pode se sentir indisposto, algo pode dizer a outro que ele não se sairá bem naquela avaliação enquanto um terceiro aluno poderá se ver obtendo sucesso na prova. Podemos identificar a modalidade preferida de uma pessoa de várias maneiras, seu modo de falar é uma delas. Como foi exemplificado acima, todas as pessoas falam, literalmente, o que passa em suas cabeças, só precisamos prestar atenção a este processo natural para percebê-lo.

    Outra forma de identificação é através da fisiologia. Os visuais falam alto e rapidamente, pois tentam acompanhar com a fala as imagens internas que estão criando, sua respiração é rápido e na parte superior do peito, gesticulam à altura da cabeça, apontam freqüentemente para os olhos ou em direção a algo que mostram. As pessoas que pensam em termos auditivos respiram de maneira mais uniforme, utilizando todo o peito, a tonalidade de voz é mais nítida, expressiva e ressonante, geralmente estão cantarolando alguma coisa e usam recursos sonoros em uma conversa para explicar melhor o assunto. O cinestésico é aquele cidadão... que fala lentamente... pois ele precisa sentir internamente... aquilo que quer expressar. Sua respiração é profunda e mais localizada na área do estômago e sua cabeça pende para baixo. A categoria cinestésica também está ligada ao movimento corporal, então iremos encontrar muitos atletas, dançarinos nessa categoria. Também podemos identificar a modalidade preferida de alguém pelo tipo de profissão escolhida por ela, imagine que tipo de profissão escolheria um indivíduo orientado visualmente, outro auditivamente ou outro orientado por sensações.

    Podemos perceber que sistema representacional uma pessoa utiliza ao se comunicar observando para onde seus olhos se movimentam. No ano de 1977, Robert Dilts, um famoso autor, criador e consultor em PNL, recebeu um prêmio por sua pesquisa sobre os movimentos oculares e a função cerebral, realizada no instituto de neupsiquiatria Langley Porter na cidade de São Francisco. Esta pesquisa comprovou cientificamente o que Bandler e Grinder já haviam observado empiricamente. Quando processamos informações internamente nossos olhos se movimentam em diversas direções. Pesquisas mais recentes revelaram que para cada tipo de informação o sangue irriga diferentes áreas do cérebro. A partir de observação empirica, Bandler e Grinder formularam um mapa que funciona para quase cem por cento das pessoas. para aquelas que não se enquadram nesse mapa podemos fazer algumas perguntas e criar seu próprio mapa, pois o processamento interno de informações segue um padrão.

    Quando olhamos para cima à esquerda estamos recordando imagens, à direita e a cima, criamos imagens; ao olharmos lateralmente à esquerda criamos sons, e à direita lembramos de sons; olhando para baixo à direita temos acesso à cinestesia e quando colocamos os olhos à esquerda abaixo fazemos um diálogo interno, isto é , conversamos conosco.

    Conhecer modalidades representacionais nos possibilita maior flexibilidade ao nos comunicarmos externa e internamente. Imagine uma sala de aula de matemática onde toda vez que um aluno olha para cima o professor o repreende e manda-o olhar para o caderno. A pobre criança nem sabe que estava olhando para cima , pelo menos até o professor lhe advertir, e este começa a alucinar, utilizar seu mapa limitado de mundo para achar que o aluno estava distraído. Este aluno estava utilizando o processo natural que se deve usar para resolver uma questão de matemática: o sistema visual. Imagine outra situação, o marido chega em casa com um bouquet de flores e sua mulher não lhe dá o agradecimento esperado e lhe faz uma cobrança: Você não diz mais que me ama... e assim começa o fim de mais um casamento. Observe outra situação: O marido chega em casa e reclama logo da bagunça, a esposa tenta lhe abraçar mas ele se afasta, então ela reclama que ele não lhe dá mais atenção, não lhe beija mais. Mais um casamento prestes a acabar? talvez. Se você estava atento à estória deve ter notado que no primeiro caso o marido era visual, enquanto a esposa, era auditiva. Enquanto ele lhe mostrava o quanto gostava dela ela não ouvia nada de romântico. No segundo caso o marido, como um bom visual, se aborrece com a desorganização do ambiente, prefere observar a situação à distância. Sua esposa é cinestésica, o importa para ela é o conforto, por isso não se importa com a bagunça e quer apenas sentir o marido em seus braços. Virginia Satir sabia, inconscientemente, disso e utilizava ancoragem para fazê-los lembrar de quanto se gostavam no início da relação e depois dava instruções visando reorganizar a comunicação do casal.


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    SUBMODALIDADES

    As submodalidades são os menores blocos da experiência sensorial, são os ingredientes com os quais estruturamos nossas experiências internamente. Ao lembrarmos ou criarmos qualquer experiência em nossa vida, temos acesso à imagens, sons e sensações internas. Se você prestar atenção a estes processos e compará-los, notará que eles exibem um padrão de organização. As imagens poderam variar quanto ao tamanho, luminosidade, cor, brilho, associação ( ver o evento com os próprios olhos ), dissociação ( se ver passando pelo evento ). Os sons podem variar quanto à altura, timbre, localização, tom, etc. As sensações poderão variar características tais como localização, intensidade, peso, pressão, extensão, textura,etc. Muitas técnicas de PNL ( por exemplo: padrão swish, explosão de compulsão, linhas temporais ) foram criadas a partir da descoberta das submodalidades e na capacidade de modificá-las. Este processo de sistemas representacionais foi identificado no trabalho de Pearls, Satir e Erickson.

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    ANCORAGEM

    O processo de ancoragem acontece a todo instante, sem que tenhamos consciência dele. Trata-se de um processo neurológico incrível que torna permanente uma experiência e nos permite acessá-la a qualquer momento. O termo ancoragem é da PNL, mas a técnica é o velho condicionamento respondente, ou reflexo, observado e estudado por Ivan P. Pavlov. Lembra-se daquele pobre cão que salivava muito ao ouvir o som de uma campainha? Pois é, o processo é o mesmo, ao fazer uma associação entre um estímulo neutro ( um som ) com um estímulo condicionado, o primeiro passa a eliciar a mesma resposta.

    A todo momento estamos sendo submetidos a algum tipo de ancoragem. você lembra de alguma vez em que sentiu o cheiro de um perfume ou ouviu uma música e instantaneamente lembrou de uma experiência de sua infância? Pense em alguém que você viu pela primeira vez e sentiu que aquela pessoa não era boa. Alguma vez já passou por certo local que lhe deixa com uma sensação desagradável?

    O objetivo maior das empresas de publicidade é nos fazer associar o produto de seu cliente a alguma coisa que gostamos ou respeitamos. Por que colocar Xuxa ou Michael Jackson para serem garotos propaganda? Por que será que hollywood é o sucesso? Pelo menos para o câncer o sucesso é possivelmente alcançado. As propagandas nos colocam em determinado estado através de imagens ou sons e então mostram o nome do produto ou empresa, estabelecendo dessa forma um vínculo entre os dois. Exemplos extremos desse processo são as propagandas que mostram cenas de ação e as propagandas da MTV.

    Você lembra de uma ocasião em que obteve ligação profunda com uma experiência e que lhe fez ficar alegre, disposto, saudável, de posse de um senso enorme de critividade enquanto lia um texto como este? Cuidado, você pode estar lhe ancorando agora!

    As fobias são um caso interessante de ancoragem, são o lado desagradável deste processo, o lado bom é que podem ser eliminadas facilmente. Uma fobia é uma apredizagem feita de maneira tão rápida, poderosa e eficiente que mesmo após anos a pessoa ainda reage da mesma maneira mesmo sabendo conscientemente que a situação não representa grande perigo. alguns professores deveriam ser ensinados a fazê-la com seus alunos afim de tornar permanente o conteúdo apresentado.

    Jonh Seymour dá um exemplo interessante de fobia no livro introdução à programação neurolingüística, ele fala do fenômeno conhecido por amor à primeira vista, quando uma pessoa se apaixona por outra sem nem mesmo conhecê-la bem e passam-se meses com a situação da mesma maneira. A maioria dos casamentos acaba quando o casal faz uma cura rápida de fobia com sua relação, isto é, não tem a mesma reação de amor, compreensão ou qualquer outra palavra que seja.

    A ancoragem é usada na terapia, isoladamente ou combinada com outras técnicas, para estabelecer estados de recursos ( motivação, criatividade, relaxamento, etc. ) e eliminação de alergias, fobias, traumas.

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    LINGUAGEM

    A PNL trata de como influenciamos a nós mesmos e aos outros através da linguagem. As palavras são âncoras para a experiência, para entendermos o significado das palavras que uma pessoa nos diz, temos que compartilhar de experiências parecidas das suas. Já que não sabemos ao certo o que é a realidade, criamos códigos para descrevê-la e compartilhar da realidade em comum com outras pessoas. Se eu chegasse para você e começasse a falar sobre PNL, sem que você tivesse nenhuma experiência anterior para comparar com ela, provavelmente não entenderia nada da minha conversa. Os esquimós, por exemplo, tem mais de 40 palavras para descrever a neve, para eles trata-se de uma questão de sobrevivência.

    Há um dado importante sobre a linguagem. Em uma pesquisa realizada por Alfred Mehrabian ( Mehrabian e Ferris, 1967 ) foi constatado que a linguagem verbal representa apenas 7% da comunicação total, enquanto que a linguagem corporal e a tonalidade da voz, o modo como falamos, representa ou outros 93% da comunicação. Então o mais importante é modo como se diz alguma mensagem e não seu conteúdo.

    Os padrões hipnóticos desenvolvidos por Milton Erickson utilizavam uma linguagem complexa ou vaga para induzir transes profundos. Através da tonalidade de voz, Erickson dava sugestões no meio das frases ( comandos embutidos ) ou ancorava estados. Através da linguagem verbal ele confundia a mente consciente com frases do tipo: se imagine no futuro obervando como se saiu em uma ocasião pela qual ainda não passou. Dessa forma Erickson nocauteava a mente consciente, que só tem capacidade de entender até 9 partes de experiência de cada vez, e através de comandos embutidos enviava sugestões diversas para a mente inconsciente.

    Um padrão de linguagem muito importante é a ordem negativa, que trata-se de uma maneira de afirmar algo, através de sua negação. Quando lhe digo: não pense em uma laranja amarela, você consegue não pensar? O cérebro humano não processa frases negativas, então ele tem que pensar no que não é para pensar, de outro modo como irá saber em que não pensar? Entendeu? Isto significa que quando você manda alguém não fazer algo, ela tem que primeiro saber o que não é para não fazer e aí já é tarde demais, por isso se algum dia encontrar alguém que esteja querendo saltar de um prédio sem pára-quedas diga-lhe para descer dali e nunca mande-o ter cuidado para não cair.

    Baseadas neste princípio, as técnicas de PNL utilizam os dois tipos de forma, dependendo do tipo de resultado que deseja obter. Em um processo terapêutico eu posso dizer ao cliente: não quero que você fique pensando que é para relaxar agora e perceber como tudo será melhor a partir de então, não pense que tenho esta intenção.

    Ao termos consciência da estrutura da ordem negativa, podemos utilizá-la da forma que se adapte melhor às nossas necessidades tanto na comunicação externa quanto interna. O importante é pedir sempre o que você quer, seja na forma positiva ou negativa. Prefira dizer, preste atenção ao texto ou, não vou pedir que preste atenção ao texto, do que: não olhe para os lados enquanto lê.

    Há alguns pressupostos básicos em PNL, Um deles é que para cada experiên-cia de nossas vidas há uma parte inconsciente responsável por sua atividade e que todos os comportamentos tem uma função,uma intenção positiva que está nos ajudando em algum contexto, só que nós não entendemos ou encontramos essa função.

    Por que você está na faculdade? No emprego? Você provavelmente saberá responder, isto é, encontrar a intenção positiva por trás desses comportamentos. Por outro lado, por que será que muitas pessoas fumam, comem ou bebem em excesso? Desenvolvem doenças psicossomáticas?

    Partindo dos pressupostos descritos acima podemos concluir que a parte responsável por estes comportamentos tem uma intenção positiva que não está de acordo com o que consideramos positivo.

    O próximo passo a observamos é que se uma pessoa se comporta de uma maneira que não gosta ou só consegue obter certos estados ( segurança, saúde, etc. ) isso acontece por que a parte que controla esses comportamentos só tem um modo de agir diante dessas situações. O objetivo principal das técnicas de PNL é ajudar essas partes a desenvolverem várias escolhas para agir diante de uma situação. Segundo Richard Bandler: se só temos um modo de agir diante de uma situação somos como um robô; se temos duas escolhas estamos em conflito. já aconteceu de você estar estudando e de repente surge aquela voz lhe dizendo para ir fazer qualquer outra coisa? Este é um exemplo de um conflito leve; e finalmente, se temos, no minímo três escolhas, experimentamos a flexibilidade. Podemos escolher como agir e provavelmente escolheremos a melhor opção. Daí, se uma pessoa consegue se sentir relaxada lendo um livro ou ouvindo uma música, fumar um cigarro será uma uma questão de escolha. Muitos dos distúrbios psicológicos são resultado da inflexibilidade.

    A PNL deve à sua eficiência o fato de não ser tão conhecidada quanto deveria. Parece uma contradição, mas é fácil entender o por quê. Como sempre acontece, as descobertas importantes são conhecidas e utilizadas primeiro por políticos, forças armadas e empresários. Isto ocorreu com a PNL, no final da década de 70, Bandler e Grinder começaram a dar treinamento para o serviço secreto, forças armadas dos Estados Unidos e para grupos restritos de terapeutas e empresários. Apesar de verem a mágica descoberta pelos dois, muitos profissionais não se permitiam acreditar nos resultados tão rápidos e eficientes, pois em seus modelos de mundo só havia espaço para um processo terapêutico ser eficiente, ele tinha que durar pelo menos uns cinco anos.

    Hoje em dia o panorama mudou um pouco. A PNL ainda continua desconhecida, pelo menos por grande parte da população, os treinamentos ainda são caros, considerando nossa realidade econômica, porém baratos levando em conta o custo-benefício. As técnicas de PNL são utilizadas por vários terapeutas e empresas, tais como: IBM, Shell, apple, AT&T, Mercedes Benz, Warner communications, além de outras instituições como F.B.I.,C.I.A. exército dos Estados Unidos.

     

     

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